Alguns afirmam que o amor nasce para aquecê-lo.
Um fogo brando e seguro.
Esquenta, não queima.
Quando o outono desponta,
Uns insistem que o amor é folha.
Que cai, que dança,
Que permite a beleza envelhecida.
Naquele dourado, cada qual com sua cor.
Quando a primavera floresce,
Eis que os doces divagam,
O amor é cheiro, perfume,
Único, entontecedor e frágil.
Quando o verão vira a página,
Dizem que o amor é quente.
Vermelho da volúpia do desejo.
Do calor refém,
Em meio a corpos sinceros.
Eu digo que o amor não tem estação.
É a flor
Que por entre as adversidades do ano, adapta-se.
Ela é feita conforme seus portadores.
Ou forte, levemente embrutecida, e rústica.
Ou suave e adocicada.
O sentimento é flor.
E você,
Só a sua semente.
Confira o texto também no RECANTO DAS LETRAS.
Lindo!! Faz jus ao título. Aliás, cada hora o amor muda, e talvez essa seja a graça, a expectativa
O amor muda, ou somos nós que mudamos com ele?
Lindo poema.
http://olhareseleituras.blogspot.com/
Gosto da ideia do amor como a flor que se adapta às diversas estações. Embora um tanto surrado, o tema é bem desenvolvido no poema.
Abraços e sucesso com o blog!